Nos últimos dias, além de todas as nuances que influenciam o mercado financeiro brasileiro, estamos tendo também que trabalhar com o vai e vem das eleições americanas, que tem sido um processo tão turbulento quanto as nossas políticas internas.

O dólar não consegue ter sossego, hora por conta dos nossos problemas estruturais, fiscais e políticos, hora pelas informações acerca das eleições americanas e possíveis medidas de restrição de circulação e atividades econômicas nos países Europeus.

A moeda americana tem se valorizado bastante nas últimas semanas, e estamos tendo que trabalhar com valores sempre acima de R$ 5,70/5,75.

Internamente o que poderia diminuir a pressão seria um entendimento maior sobre as políticas orçamentarias e de ajuste fiscal para o ano que vem, mas isso parece que está longe de acontecer em um ambiente de calmaria. As disputas das forças políticas estão com alto grau de acirramento, o que, no mínimo retarda as medidas, dificultando as ações de operadores para o médio e longo prazo.

Uma coisa por vez, esperemos o resultado das eleições americanas, e como o mercado avaliara o seu vencedor, e nesta sequência, fazermos os acordos políticos que viabilizarão as importantes reformas estruturantes que tanto o congresso quanto o governo têm prometido ao mercado.

Publicado em 05 de Novembro de 2020