A safra 20/21 parecia que seria uma safra de recuperação para o setor sucroalcooleiro. Bons ventos pareciam chegar. Mas a grave crise com a pandemia do COVID-19, que impactou os preços do petróleo, mudou os rumos do setor.

Usinas que inicialmente teriam mix de produção voltada para álcool, revisaram às pressas e iniciaram mix que privilegia a produção de açúcar. Com isso, aumento forte na oferta virou a senha para quedas no preço. Semana passada as cotações em NY caíram abaixo dos 10 centavos de dólar por libra-peso, fechando a semana a 9,68 centavos de dólar por libra-peso.

Com um potencial aumento da oferta como dissemos acima, esse parece ser um difícil caminho que teremos que passar até encontrar o tamanho do buraco que parece estar por vir. No mercado interno, a queda acontece também, já pela maior oferta do início de safra, que normalmente já tende a baixar preços.

Outro ponto negativo, esse deve impactar ainda mais os preços no médio prazo, é a diminuição das perspectivas de consumo tanto no Brasil quanto ao redor do mundo, causado pela crise que a quarentena impôs ao consumo do produto, e também ao aumento do desemprego que isso deverá deixar de legado para as economias.

Safra grande, consumo em queda, preços do petróleo nas mínimas históricas são os nossos desafios para essa safra.

Vamos em frente!!!!!

Publicado em 28 de Abril de 2020